Eu não diria melhor!
Apreensão, desassossego de espírito, receio e preocupação.
A vida é mesmo filha da puta.
Num dia faz crer que tudo corre bem. Permite sonhos. Dá confiança para trilhar o caminho de peito aberto, sem medo. Afinal juventude não rima com cobardia. Mas se calhar devia.
No dia a seguir ameaça fechar a porta na cara. Muda de humor. Abandona à sorte (ou infortúnio). Vira as costas. Indiferente.
E são os senhores do Rock in Rio. Que conseguiram reunir no mesmo dia Amy Winehouse, James Morrison, Ivete Sangalo e Lenny Kravitz.
Agora, bom, bom, mas mesmo, mesmo bom era os Xutos também irem neste dia!
Pensem nisso com carinho.
Faltam 92 dias.
Depois do serão de ontem, só mesmo um folhado daqueles mesmo grandes, cheiiinho de chicalate para me recompor.
Acho que vou precisar de terapia.
Eu queria ir ver o PS: I Love You, empanturrar-me em pipocas e chorar que nem uma Madalena arrependida (coisas de gaja com TPM, vá-se lá perceber estas hormonas).
Ele não ficou muito convencido com o resumo que eu fiz da história e disse que depois decidíamos se sempre íamos ou não.
Há dez minutos atrás ligou-me, todo contente, a dizer que tinha ganho bilhetes para o Rambo.
Ele quando quer sabe ser tão romântico!
Mais uma edição dos Óscares às tantas da manhã e que eu não consegui ver até ao fim (já lá vai o tempo em que eu fazia directas).
A registar o prémio atribuído ao Bardem (já merecia, sim senhor, coisa mailinda), à banda sonora do Atonement que eu já tinha dito que era sublime (isto são muitos anos a virar frangos!) e ao Ratatui que eu gostei muito.
No que respeita a fatiotas foi fraquinho. O Valentino reforma-se e é isto. Tanto dinheiro e tanta pirosice, valha-me a santa.
Escapam-se a SENHORA Cate Blanchett (linda como sempre), a Jessica Alba e o seu Marchesa, a Heidi Klum e o seu John Galliano e a simpática Katherine Heigl e o seu Escada.
Destaque para os homens que estavam lindos com especial ênfase para o Colin Farrell no seu jeito bad boy. Devastador…
Prémios a sério é aqui!
A Azul e a MIM deram-me, respectivamente, estes dois prémios que agradeço mais vermelha que a camisola do Benfica.
São estes pequenos gestos que nos vão fazendo gostar mais disto. O feedback é a melhor recompensa.
Por isso muito obrigada às duas por se lembrarem de mim.
O prémio Uma Mulher Que Faz Pensar vai para:
- MIM
- Mary
- Wed
- Azul
- AT
- CAT
- Ulricka
- Maria
O prémio You Make My Day vai para todos os links aí à direita, porque cada um deles, à sua maneira, ajuda a fazer o meu dia!
... a próxima vez que me fizerem sofrer desta maneira e me enervarem até me parar a digestão não pago nem mais um cêntimo de quotas.
(Se és uma pessoa sensível podes parar de ler)
Ó Luís Filipe vai pó caralho.
O SIMBA é um pedaço de mau caminho canino.
O SIMBA é fashion (reparem no cobertor Burberrys :D)
Como se isto não bastasse o SIMBA é meigo, educado, fofinho e companheiro.
Mas o SIMBA está num canil e precisa de uma família que o acolha e o ame.
A MIM conta todos os pormenores e disponibiliza todos os links necessários para quem quiser ajudar.
Todos os amigos do SIMBA agradecem a ajuda que possam disponibilizar.
Saudações caninas e agora babem-se com este borracho:
Entro lampeira e airosa num estabelecimento comercial de roupa sobejamente conhecido para matar o tempo enquanto a minha boleia não chega.
A minha mente vai totalmente vazia de qualquer ímpeto consumista (a sério que sim). Passeio-me pela nova colecção Primavera/Verão 2008. Apalpo tecidos. Faço possíveis combinações entre peças. Um verdadeiro desfile prêt-à-porter mental.
Vou ladina escada acima. Reparo que ainda há um nicho de saldos refundidos no fim da loja e eis senão quando o Mundo tal como o conhecia nunca mais voltou a ser o mesmo. Numa dança galanteadora de olhares, apaixonámo-nos.
Tinha encontrado, finalmente, aquele par de botas castanhas que tanto sonhava. Estavam ali, à minha frente, um único par, em saldo, (menos 55 euros que o preço original!) e a pedir que as levasse naquele momento.
Embriagada pela beleza do momento, não perdi tempo. Experimentei um exemplar, que por ironia do destino era mesmo o meu número.
Não mais as larguei. Visitei o resto do andar, sempre com elas bem apertadas contra o peito (não queria correr o risco de alguma pindérica mas roubar).
Pago com ar triunfante o meu achado e saio porta fora tipo "the hills are allivveeee" (estão a ver a cena?).
Encaro o arco da Rua Augusta de saco na mão e com o coração ainda a palpitar, enquanto aquele Sol matinal me acaricia o rosto.
A boleia chega, meto-me no carro, conto fulgurante a minha aventura e arquitecto uma saída naquele mesmo dia só para estrear tal beleza.
Combinações aqui e ali e saio de casa sentindo-me a mulher mais inabalável ao cimo da Terra.
Com um sorriso nos lábios, desfilo altaneira sob os olhares invejosos das transeuntes. Um passo, dois, três. Sinto algum desconforto. Não penso mais nisso. Continuo até ao carro e decido tirar todas as dúvidas. De olhos arregalados constato o que já desconfiava mas que não queria acreditar… uma é o 39, a outra é o 40.
Moral da história: Tenho um par de botas lindas de morrer mas de números diferentes. Uma assenta-me que nem uma luva, a outra nem por isso (e estou a ser gentil).
Entretanto já perdi uma capa do salto e não as vou poder trocar.
O que me consola é saber que há seguramente uma pessoa neste país que viveu exactamente o mesmo que eu...
Perdidos no deserto